T & D® - MEDICINA
SINAIS DE ALERTA É quase sempre "silencioso". Em mulheres com mais de 40 anos, podem ocorrer sintomas estomacais persistentes, inexplicáveis.
DIAGNÓSTICO PRECOCE: Não há nenhum meio eficaz. É recomendável exame ginecológico regular após os 40 anos de idade.
TRATAMENTO: Cirurgia com remoção dos dois ovários, útero e trompas, seguida de quimioterapia nos casos já disseminados. Nos casos bem iniciais, em mulheres jovens, remoção apenas do ovário comprometido.
SOBREVIVÊNCIA: Nos casos de diagnóstico precoce, o índice de 5 anos chega a 90%, caindo para menos de 40% quando avançado.
ATENÇÃO!
Após os 40 anos de idade faça, periodicamente, exame ginecológico completo.As mulheres que apresentam diagnóstico de câncer de mama ou intestino, ou têm parentes próximos com esses tipos de cânceres são propensas a desenvolver o câncer de ovário. As mulheres que nunca tiveram filhos também têm mais chances de desenvolver a doença. Nesse caso, a ovulação é incessante, e portanto a possibilidade de haver problemas no ovário é maior. Já a gravidez e a menopausa produzem o efeito contrário: reduzem o risco deste tipo de câncer. A amamentação também protege a mulher contra o câncer de ovário.
A presença de cistos no ovário, bastante comum entre as mulheres, não deve ser motivo para pânico. O perigo só existe quando eles são maiores que 10 cm e possuem áreas sólidas e líquidas. Nesse caso, quando detectado o cisto, a cirurgia é o tratamento indicado.
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco e submeterem-se depois dos 40 anos de idade a exames pélvicos periódicos e completos (médico e ultra-sonográfico). O chamado exame preventivo não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o do colo do útero.
Se a doença for detectada no início - especialmente nas mulheres mais jovens - é possível remover somente o ovário. Normalmente a operação é feita com um corte longitudinal longo. Os tumores menores são mais fáceis de curar. Quando o câncer de ovário é diagnosticado no início, quando ainda estiver localizado, o índice de sobrevida é de 90%. Esta taxa, para todos os estágios da doença, cai para 42%, porque somente 23% de todos os casos são detectados na fase inicial.
Ministério da Saúde
COLO DE ÚTERO
É um câncer de localização importante em todas as regiões do Brasil, sendo as taxas brasileiras as mais elevadas do mundo, havendo entretanto a caracterização de um quadro de transição epidemiologica. É possível observar diferenças regionais e correlacioná-las a qualidade diagnostica e condições sócio-econômicas. É o câncer que acomete mulheres em idade mais jovem, as taxas nas cidades chegam a ser duas vezes maiores que no campo. Existe uma forte associação entre transmissão sexual viral e o câncer de colo uterino. Os vírus mais comuns envolvidos neste processo são: vírus herpes simples tipo 2 (HSV-2), papilomavirus (HPV) e citomegalovirus.
Para o câncer do colo do útero foram registrados pelo RHC de 1990 a 1996 1.815 novos casos, sendo o tumor mais freqüente nas mulheres e o segundo tumor mais freqüente, representando 13% do total de casos.
O carcinoma de células escamosas foi a histologia mais freqüente (1623 casos _ 89,4%), e 7,2% (130 casos) eram de adenocarcinomas. Observa-se casos de câncer de colo de útero já em adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos (7 casos), com aumento gradativo no número de casos já a partir dos 25 anos, com pico de idade a partir da 3ª a 4ª décadas.
A relação entre o câncer do colo do útero e o do endométrio ainda é de 8,5:1 no HEG, evidenciando ainda a necessidade de melhoria das condições sócio econômicas das pacientes bem como da descentralização do atendimento permitindo maior acesso a métodos preventivos do câncer de colo.
Do total dos casos diagnosticados, 13,3% são neoplasia in situ, e a distribuição entre casos em estadio I e II (39,2%) e III e IV (37,6%) encontra-se praticamente equilibradas, podendo já haver um reflexo das campanhas realizadas para prevenção do câncer de colo por permitirem um diagnóstico mais precoce. Em apenas 8,5% dos casos de câncer de colo não foram possíveis informações sobre estadiamentos.
Radioterapia foi a forma de tratamento inicial para a maioria dos casos (66,6%) e a cirurgia foi o procedimento inicial em 24,5% dos casos, 0,7% dos casos foram tratados com quimioterapia e 7,7% receberam inicialmente formas combinadas de terapia.
Ao final da primeira fase de tratamento, 85,4% dos casos estavam vivos e 5,2% foram a óbito. A perda de seguimento inicial para os casos de câncer de colo de útero foi de 9,4%.
COMO SURGE O CÂNCER?
As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular,
que é a parte mais externa da célula; o citoplasma, que constitui o corpo da célula; e
o núcleo, que contem os cromossomas que por sua vez são compostos de genes. Os genes
são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas,
formas e atividades das células no no organismo. Toda a informação genética
encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido
desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações
para o funcionamento da célula. Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos
genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi
alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações
podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são
inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em
oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas
células diferentes são denominadas cancerosas.
Se a doença for detectada no início - especialmente nas mulheres mais jovens - é possível remover somente o ovário. Normalmente a operação é feita com um corte longitudinal longo. Os tumores menores são mais fáceis de curar. Quando o câncer de ovário é diagnosticado no início, quando ainda estiver localizado, o índice de sobrevida é de 90%. Esta taxa, para todos os estágios da doença, cai para 42%, porque somente 23% de todos os casos são detectados na fase inicial.
Ministério da Saúde