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CÂNCER DE ESTÔMAGO

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INCIDÊNCIA O câncer gástrico, apesar do declínio evidente em alguns países como os Estados Unidos, ainda é muito frequente no Brasil, chegando a ser o tumor maligno de maior incidência, em homens, nas cidades de Belém e Fortaleza. Ele também é importante nas mulheres, correspondendo a cerca de 4,9% de todos os tumores femininos. São esperados 19.820 casos novos no Brasil em 1997.

MORTALIDADE Causou 10% das mortes por câncer no Brasil, em 1989 e 11,2% no Estado de São Paulo em 1996, onde é a segunda causa depois do pulmão. A estimativa para o Brasil em 1997 foi de 11.150 óbitos, o que significaria a segunda causa. Não obstante, tem-se verificado queda progressiva da mortalidade por câncer de estômago em São Paulo, cerca de 40% entre 1970 e 1992.

FATORES DE RISCO Os fatores causais sugeridos incluem: hábitos alimentares, como o consumo de alimentos muito salgados ou defumados, os quais conteriam ou propiciariam a formação de substâncias cancerígenas potenciais. Presença de uma bactéria (Helicobacter pylori) na mucosa do estômago.

SINAIS DE ALERTA Desconforto gástrico, dor vaga, anemia, perda de peso e falta de apetite. Quando estes sintomas ocorrem, na maioria das vezes, o tumor já está avançado. Procure um gastroenterologista diante de qualquer destes sinais.

DIAGNÓSTICO PRECOCE É possível, mesmo sem sintomas, através do exame direto por endoscopia (gastroscopia), principalmente em áreas ou países de alto risco, para detectar a fase inicial ou mesmo lesões pré-malignas. Em geral, os pacientes que já têm sintomas se apresentam com sinais da doença moderadamente avançada.

TRATAMENTO O único método eficaz de tratamento é a cirúrgia radical. A radioterapia e a quimioterapia podem auxiliar.

SOBREVIVÊNCIA A taxa de sobrevida global de cinco anos para todos os pacientes é de 10%. Nos casos de doença inicial que podem se submeter a uma ressecação potencialmente curativa esta taxa sobe para 40%.

ATENÇÃO! Evite alimentos defumados e não adicione mais sal à comida durante a refeição. Frutas e verduras frescas contém substâncias que podem proteger contra o câncer gástrico.

O câncer de estômago tem marcado declínio na incidência em vários países, porem no Brasil, o câncer de estômago é o de maior incidência nos homens e o terceiro nas mulheres e a primeira causa de óbito por câncer da população brasileira. Os principais fatores de risco apontados para o desenvolvimento do câncer de estômago são: ação de compostos químicos N-nitrosos, condições deficientes de preservação dos alimentos, alta ingesta de sal e infecção pelo Helicobacter pylori.

O RHC admitiu 439 casos de câncer de estômago de 1990 a 1996, sendo a sexta topografia mais freqüente.

A distribuição entre os sexos foi de aproximadamente 3:1, sendo 327 pacientes do sexo masculino e 112 pacientes do sexo feminino. O tumor de estômago foi mais diagnosticado em pacientes a partir da quinta década de vida, com raros casos abaixo dos 30 anos e acima dos 80 anos.

O tipo histológico mais encontrado foi o adenocarcinoma (95,4%), sendo observado 9 casos de linfoma gástrico e 3 de sarcomas.

Nenhum caso de doença in situ foi observado, 62,6% dos casos eram de estadios III e IV, 15,3% dos casos tinham doença inicial (I e II) e em 20,3% os tumores não eram estadiáveis.

Ao final da primeira fase de tratamento 63,6% dos pacientes estavam vivos, 23% foram a óbito e 13,4% dos casos foram perdidos de seguimento.

 

 

CÂNCER DE BOCA

Sob essa denominação para efeito de agrupamento serão incluídas as topografias codificadas pela CID-O 2 como C00 a C06. A maioria dessas topografias tem fatores de risco comuns, como o hábito de fumar e de consumir álcool. Também são fatores de risco a exposição profissional a fibras têxteis e alguns metais, o papel do trauma crônico é controvertido e foi praticamente afastado. Afetam mais freqüentemente os homens do que as mulheres, na faixa etária superior aos 40 anos e a grande maioria dos pacientes são diagnosticados em estagios avançados.

No período de 1990 a 1996, foram admitidos no RHC do HEG 813 casos de câncer de boca, sendo 692 nos homens e 121 nas mulheres, proporção de 5,7:1.

O tipo histológico mais comum foi o carcinoma de células escamosas e 74,7% dos casos estão na faixa etária superior a 50 anos.

A distribuição por topografia e sexo em percentual é mostrada na tabela abaixo e verificamos uma maior freqüência no câncer de língua, tanto no homem como na mulher. Ë importante considerar que estudos epidemiológicos apontam uma duplicação da ocorrência de tumores nessa localização quando se tem dois fatores interagindo ao mesmo tempo como por exemplo fumo e álcool.

Um único caso de tumor in situ foi observado na topografia boca, e 57,3% dos casos apresentavam estadio III ou IV na admissão. Estes números enfatizam uma necessidade de maior prevenção para o câncer de boca, uma localização de fácil acesso ao exame clínico para diagnóstico precoce destas lesões. Foram registrados nos estadios I e II 30,3% dos casos e 12,3% eram tumores não estadiáveis ou tinham estadiamento ignorado.

Ao final da primeira fase de tratamento 76,6% dos pacientes estavam vivos, 12,1% foram a óbito e 11,3% foram perdidos de seguimento.

INCIDÊNCIA Estima-se 7.350 casos novos no Brasil em 1997, sendo 5.420 em homens. A incidência máxima se dá em homens com idade acima dos 40 anos.

MORTALIDADE Em 1996, houve 597 óbitos no Estado de São Paulo (boca, lábios, língua e glândulas salivares).

FATORES DE RISCO Fumar cigarros, charutos ou cachimbo; hábito de mascar fumo; excesso de bebidas alcóolicas; próteses mal ajustadas; falta de higiene bucal.

SINAIS DE ALERTA Ferida que sangra facilmente e não cicatriza; um "caroço" ou uma mancha avermelhada ou esbranquiçada que persiste. A dificuldade em mastigar, engolir ou mover a língua ou os maxilares são geralmente alterações tardias. Esclareça qualquer destes sinais com um especialista em cabeça e pescoço ou com um odontólogo.

DIAGNÓSTICO PRECOCE Dentistas e médicos generalistas têm a oportunidade, dura