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CÂNCER DE MAMA

No Brasil o câncer de mama é a primeira causa de morte entre as mulheres. É mais comum em mulheres que vivem em grandes cidades do que na zona rural, sendo maior a incidência em classes sociais elevadas. Existe uma correlação forte com dieta rica em proteínas e gorduras de origem animal. Acomete mulheres jovens com curva ascendente após os 25 anos de idade com a maioria absoluta dos casos concentrando-se entre os 45 e 50 anos, no período etário correspondente a fase pós-menopausa.

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Com 1741 novos casos, o câncer de mama foi o terceiro tumor mais freqüente, representando 12,4% do total de casos de câncer admitidos pelo RHC do HEG entre 1990 a 1996, e o segundo tumor mais freqüente nas mulheres, com uma diferença de 89 casos em relação aos tumores de colo de útero.

É mais freqüente numa faixa de idade mais tardia na mulher, em relação ao câncer de colo, sendo que o grupo etário com o maior número de casos corresponde a faixa de 40 a 59 anos. Dos 1.726 casos de câncer de mama em mulheres 1.477 (85,6%) foram de carcinoma ductal infiltrante, 64 casos (3,7%) de adenocarcinoma, 7 casos de Doença de Paget e 13 casos de sarcomas foram observados.

Em pacientes do sexo masculino foram registrados 15 casos de câncer de mama (0,8% dos casos de mama e apenas 0,1% do total geral), sendo 12 carcinoma ductal infiltrante, 2 adenocarcinoma e 1 neoplasia,SOE. Todos os pacientes tinham mais de 40 anos de idade, sendo que 11 casos estão na faixa etária acima de 60 anos.

Por estadiamento 48% dos casos apresentavam estadios iniciais da doença (I e II) e 40,7% em estadios (III e IV). Apenas 6 casos (0,3%) de tumor in situ foram observados, e 11% dos casos de câncer de mama foram não estadiáveis ou tinham estadiamento ignorado.

As pacientes com tumores de mama foram tratadas com protocolos que incluem formas combinadas de tratamento (cirurgia, radio, quimio e hormonioterapia) em 59% dos casos. Isoladamente 16,5% dos casos foram inicialmente submetidos apenas a cirurgia, 8,3% foram tratados com radioterapia. Observa-se que protocolos de tratamento que incluem uso de hormonioterapia já são utilizados em 4,2% dos casos e em 11,5% dos casos a quimioterapia foi incluída em protocolos para o tratamento inicial. Ao final da primeira fase de tratamento 81,5% dos casos estavam vivos, 4,3% foram a óbito e 14,2% foram perdidos de seguimento.

A mitose é realizada controladamente dentro das necessidades do organismo. Porém, em determinadas ocasiões e por razões ainda desconhecidas, certas células reproduzem-se com uma velocidade maior, desencadeando o aparecimento de massas celulares denominadas neoplasias ou, mais comumente, tumores.

Nas neoplasias malignas o crescimento é mais rápido, desordenado e infiltrativo; as células não guardam semelhança com as que lhes deram origem e têm capacidade de se desenvolver em outras partes do corpo, fenômeno este denominado metástase, que é a característica principal dos tumores malignos.

O câncer de mama geralmente se apresenta como um nódulo na mama. As primeiras metástases comumente aparecem nos gânglios linfáticos das axilas. Os ossos, fígado, pulmão e cérebro são outros órgãos que podem apresentar metástases de câncer de mama. Calcula-se em seis a oito anos o período necessário para que um nódulo atinja um centímetro de diâmetro. Esta lenta evolução possibilita a descoberta ainda cedo destas lesões, se as mamas são, periodicamente, examinadas.
Nos EUA, são estimados 53.000 casos novos anuais, com predomínio de incidência em regiões mais industrializadas. No Brasil, estima-se que 3,9% dos cânceres masculinos sejam de bexiga, sendo 8600 casos novos ao ano. É 2,5 vezes mais comum no homem do que na mulher. A média etária para o seu aparecimento é de 68 anos.

Mortalidade

Setenta e quatro por cento dos pacientes apresentam-se na época do diagnóstico com lesões não-músculo-invasivas, o que justifica sua baixa mortalidade (1,8% de todos os óbitos por câncer). Graças ao diagnóstico mais precoce e ao tratamento efetivo das lesões superficiais, a sobrevida dos portadores tem aumentado substancialmente nas últimas três décadas. No Brasil, estima-se 1500 mortes ao ano decorrentes de câncer de bexiga.

Fatores de risco

O fumo é o hábito relacionado mais importante. Trabalhadores de indústrias de borracha, produtos químicos e couro também têm um risco aumentado.

Sinais de alerta

Sangue na urina. Dor ao urinar. Urgência ou necessidade freqüente para urinar.

Diagnóstico precoce

Células cancerosas podem ser vistas na urina com um simples microscópio. Cistoscopia pode revelar áreas anormais. O diagnóstico é confirmado através de biópsia.

Tratamento

Cânceres precoces, localizados à parede da bexiga, pode ser removidos com o cistoscópio. Se vários tumores estão presentes, o médico pode removê-los e então infundir a bexiga com uma solução contendo uma bactéria capaz de estimular o sistema imune. Drogas quimioterápicas podem também ser colocadas diretamente na bexiga, para diminuir o risco de recorrência. Se o tumor não é facilmente removido, radioterapia pode ser necessária. Se o câncer espalhou-se através da parede da bexiga, esta pode ser retirada. Quimioterapia, então, pode ser necessária para evitar metástases.

Sobrevivência

A sobrevida em cinco anos varia de 93%, para tumores localizados, a 48% para tumores regionalmente disseminados, e até a 6% para aqueles com doença metastática.

 
A mamografia , senografia ou mastografia é a radiografia simples das mamas e é considerada por muitos o procedimento mais importante para o rastreamento do câncer de mama.

É um exame de alta sensibilidade, apesar de a maioria dos estudos evidenciarem perdas entre 10 a 15% dos casos de câncer com tumor detectável ao exame clínico . Esta sensibilidade, no entanto, está diretamente relacionada à idade da mulher, sendo muito menor nas mulheres jovens, que apresentam uma alta densidade de tecido mamário . Devido a isto e ao fato de a radiação ionizante (utilizada na mamografia) ser considerado um fator de risco para o câncer de mama, a mamografia não deve ser feita em mulheres muito jovens e nem praticada de forma indiscriminada.

A mamografia, nos programas de rastreamento, é proposta apenas para mulheres acima dos 50 anos de idade. Este exame é bastante efetivo para tal faixa etária, o que favorece a relação custo/benefício.

O limite da normalidade no tecido mamário é difícil de ser definido devido às modificações dinâmicas verificadas nas mamas ao longo da vida das mulheres. Daí surgir o conceito de alterações funcionais benignas da mama, antigamente denominadas doença fibrocística ou displasia mamária. Embora tais termos antigos ainda sejam utilizados pelos médicos, é importante entender que eles são sinônimos.

Clinicamente estes termos têm sido aplicados a uma condição na qual existem alterações na palpação, associadas ou não à dor, e sensibilidade aumentada, principalmente no período pré-menstrual. Não custa lembrar que a maioria das mulheres apresenta mamas irregulares à palpação, sendo que estas irregularidades podem ser confundidas com tumores.

Cisto mamário - É a manifestação clínica e ultra-sonográfica mais freqüente encontrada na mama e que se enquadra no grupo das alterações funcionais benignas das mamas.

Fibroadenoma - Apresenta-se como nódulos de tamanhos variados, firmes e bastante móveis. São característicos da mulher jovem e têm crescimento limitado. Os fibroadenomas, como todos os tumores benignos, têm um comportamento de expansão apenas local, seu tratamento resume-se à remoção do nódulo, e o seu estudo ao microscópio, o que permite o diagnóstico diferencial de certeza com o câncer.

O autoexame das mamas deve ser feito mensalmente, após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam, como por exemplo, aquelas que já se encontram na menopausa, ou as que se submeteram a histerectomia (retirada do útero), ou ainda aquelas que estão amamentando, deve-se escolher arbitrariamente um dia do mês e realizar o auto-exame todo mês neste dia. O exame permite a descoberta de nódulos de mama tanto benignos quanto malignos.

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XELODA

UMA INOVAÇÃO NO CÂNCER DE MAMA

Produto da Roche é o primeiro medicamento oral tumor-ativado para o tratamento do câncer de mama metatástico

 

O Xeloda (princípio ativo, capecitabina) pertence a uma nova classe de medicamentos para o combate do câncer e teve sua aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) em maio de 1998. O novo medicamento é o primeiro tratamento oral tumor-ativado para pacientes portadoras de câncer de mama metatástico resistentes à quimioterapia padrão com paclitaxel e antraciclina.

Os estudos clínicos com Xeloda envolveram 162 pacientes. Os resultados mostraram que 18,5% das pacientes intensamente pré-tratadas e sem muita chance de resposta ao tratamento tiveram redução de mais de 50% no tamanho do tumor, sendo que algumas tiveram remissão completa da doença. O FDA baseou a aprovação do remédio nos resultados obtidos no subgrupo com 43 pacientes resistentes a regimes com paclitaxel e antraciclina. Nesse subgrupo o índice de resposta ao tratamento foi de 26,5%.

O tratamento com Xeloda é um avanço significativo no tratamento do câncer de mama metástico. O uso do medicamento leva a uma perda mínima dos cabelos e efeitos colaterais controláveis e reversíveis após a sua descontinuação, além de eliminar a ida às clínicas de quimioterapia e reduzir as chances de infecção hospitalar, propiciando, assim, uma importante melhora na qualidade de vida das pacientes.

Estima-se que nos Estados Unidos aproximadamente 120 mil mulheres vivam com câncer de mama metatástico ou em estádio avançado e que ocorram, anualmente, 45 mil mortes por conseqüência da doença.

O Xeloda será lançado no Brasil até abril de 1999.

 

 

RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA

Há mais de dez anos a frente do Setor de Cirurgia Plática reparadora do Hospital Mário Penne a Dra. Patrícia de Alencar Lombardi se dedica a pacientes carentes atendidos pelo hospital reconstruíndo membros mutilados de vítimas do câncer a fim de trazer de volta a esperança de viver aos pacientes apagando as marcas da doença.